domingo, 26 de outubro de 2014

Codex Seraphinianus: Um livro bizarro!



Buscando fazer um post aos moldes de "Mothman - O Homem Mariposa!" (uma das minhas publicações favoritas) dessa vez eu fui atrás de informações sobre o famigerado Codex Seraphinianus, de Luigi Seraphini. Mais uma vez, espero que gostem:

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Com o que estamos lidando?



"O Codex Seraphinianus é uma enciclopédia sobre um mundo imaginário com um texto indecifrável com mais de mil desenhos feitos pelo artista e arquiteto italiano Luigi Serafini entre 1976 e 1978.
A indecifrável escrita da língua serafiniana, que percorre o livro inteiro, expressaria as seções, as legendas de desenhos e a numeração destes. O todo forma um conjunto homogêneo e coerente graças à criatividade do artista presente em cada página. Duas páginas contêm, entretanto, no interior das “ilustrações”, termos em francês e em inglês que não formam um sentido imediato: "fille orgiaq surgie et devinée", "le premier jour” “you” “bien” “desir” etc.
Por meio de suas imagens o artista convida o leitor a pensar num mundo cuja compreensão não está numa leitura construída com símbolos convencionais, e sim numa outra leitura expressa por um intricado sistema de signos que remetem a outros signos, que remetem a outros signos etc." (Fonte: wikipedia.org)
O livro Codex Seraphinianus é um tanto quanto surreal em seu conteúdo, apesar da insistência de muitos sobre a sua coerência dentro do contexto do "mundo" no qual se desenrola. Na minha opinião, o livro traz uma visão totalmente nova de civilização e de existência, que apesar de não se mostrar oposta a nossa, se mostra completamente diferente.

O conteúdo da obra  


"Muitos estudiosos do livro afirmam que é inútil buscar algum sentido em sua escrita. Para esses indivíduos a leitura do livro não passa de uma experiência visual. Pois essa era a área de Serafini como artista plástico. O próprio Serafini parece reforçar essa ideia. Em certa ocasião ele declarou que sua intenção ao escrever o Codex era criar confusão e curiosidade na mente do leitor, sensações semelhante às que temos, quando crianças, quando abrimos revistas e não entendemos nada do que está escrito, apenas “sentimos” as imagens."   (Fonte: creepyattic.blogspot.com)
Apesar de sua despretensão com a realidade e os princípios lógicos da nossa realidade, os capítulos da obra seguem uma "ordem":

  • O primeiro capítulo fala sobre a flora de tal mundo e de suas ramificações bizarras.

  • O segundo capítulo descreve a fauna desse mundo, seus estranhos animais  e suas variações absurdas.

  • O terceiro capítulo parece descrever um reino à parte, habitado por criaturas bípedes.

  • O quarto capítulo descreve conceitos de física e alquimia, tais conceitos são completamente diferentes dos de nosso mundo. Se trata do capítulo mais enigmático.

  • O quinto capítulo aborda máquinas bizarras e veículos desta realidade.

  • O sexto capítulo fala de matérias relacionadas aos humanos que habitam esse mundo, como biologia, sexualidade, e modificações corporais ligadas à cultura.

  • O sétimo capítulo retrata eventos históricos daquele mundo, além de abordar costumes sobre a vida e morte do povo, além de alguns rituais possivelmente religiosos.

  • O oitavo capítulo descreve o estranho método de escrita utilizado naquele mundo (e também no livro)

  • O nono capítulo fala dos costumes relacionados à comida, refeições e vestimentas.

  • O décimo capítulo descreve jogos de carta, azar, além de esportes e outras atividades bizarras.

  • O décimo primeiro capítulo descreve a arquitetura daquele mundo.



A experiência do autor com a obra


"Após publicar seu livro Serafini passou muitos anos sem nada declarar sobre o significado do Codex, mas anos depois declarou que o livro não possuía nenhum significado especial. Que enquanto escrevia o Codex não pensava em nada, em um processo semelhante a uma psicografia. As imagens e letras vinham à sua mente e ele botava-as no papel." (Fonte: creepyattic.blogspot.com)

Apesar de muitos ainda tentarem desvendar o significado do livro, da língua nele contida, ou mesmo das figuras impressas no mesmo, o próprio Luigi Serafini confirmou a inexistência de algo próximo de um "significado" para a obra, afirmando que as ideias aleatoriamente atingiam sua mente e ele somente as repassava para o papel.

Conclusão



Bem, desde que tomei conhecimento de tal livro e consequentemente de seu conteúdo, eu gosto de usá-lo como exemplo da vastidão da mente humana, e de como esta pode ser ao mesmo tempo impressionante, criativa e enigmática. O livro de fato causa uma confusão sem igual no leitor e beira o conceito da insanidade, e talvez, exatamente por isso, eu o tenha apreciado tanto.

Galeria







(Para os interessados, o livro está disponível para download AQUI)

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Autor: Arthur Tavares 



(SE KIBAR EU VOU ATRÁS DE VOCÊ E DA SUA FAMÍLIA!)

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