A noite é uma criança, diz Ana a ser convidada por Johnson para sair da Boate Bela Dona.
Ana é uma jovem modelo, com 1,80, loira de olhos azuis e corpo escultural.
Ana quer curtir a noite, porem seu mais novo amigo a quer levar para um lugar reservado.
Johnson, como é conhecido, têm 1,90, loiro, cabelos longos.
Seus pais moram nos Estados Unidos.
Ana o conheceu através de Bya, sua colega de Faculdade e profissão.
Numa bela noite, a boate esta cheia de jovens curtindo a
balada, mas o rapaz quer conhecer melhor sua nova amiga e convida ela
para irem embora.
Dentro da Boate esta quente, muita bebida, danças.
Isso instiga o gringo.
Ao saírem do lado de fora da Boate, Ana liga para Bya e avisa
que esta saindo. Bya – Ana, não é uma boa vocês saírem agora, eu estava
pensando em ligar para meu irmão para que ele venha nos buscar, a gente
bebeu muito, inclusive Johnson esta sem condições de dirigir, ele nem
conhece as ruas direito, inda por cima esta mais bêbado que um porco.
Amiga, volta, não sai não.
Pode ser perigoso.
Mas já é tarde, o manobrista encosta o carro e o casal entra.
À noite esta linda, o céu esta limpo.
As estrelas brilham e parecem a bailar em volta da lua cheia.
Ao pegar a auto-estrada Ana sente Johnson tocar sua coxa, ele
abaixa e pega em baixo do banco uma garrafa de champanhe, Ana dirigindo
se surpreende; cara, ta louco? Como esta garrafa veio parar ai? Bem em
baixo do banco do meu carro? Ela pede ao amigo para se conter, ele não a
responde.
Mas ele diz em inglês que ela esta todinha pra ele naquela noite, e que o manobrista deixou a garrafa lá pra ele.
Para o azar do cara, ela entende e repudia a forma vulgar do cara.
Ali começa ser colocada em pratica uma estratégia de Ana para se livrar daquela situação.
Ana não queria que as coisas acontecessem daquela forma.
Ao se aproximar de um motel ele se atreve em ligar a seta
para entrar, ela grita com ele; você ta louco? Nem te conheço, vocês têm
mania de pensar que as mulheres Brasileiras são prostitutas, você é um
idiota.
Ele quase nem fala de tão bêbado e esta inconveniente ao extremo.
Ela para o carro e sai para abrir a porta do passageiro,
neste momento passa uma viatura de policia e mais adiante para, os
policiais dão marcha ré, ela vê quando as luzes da lanterna da viatura
acendem e se preocupa.
Fica parada a olhar o movimento dos
policiais e não percebe que o gringo sai com dificuldade do carro e
cambaleando vai a direção a viatura, ele diz desaforos aos policiais,
falando em inglês, os policiais não entendem.
Porem faz perguntas para Ana.
O que esta acontecendo aqui moça? – não esta acontecendo
nada, esta tudo bem, eu só ia levar meu amigo para respirar um pouco de
ar fresco.
Ele bebeu muito e não esta em condição de tomar decisão.
O policial pediu o documento dos dois e em seguida os
liberou, mais adiante ela virou numa esquina e seguiu para uma estrada a
qual a levaria para a casa de seu irmão, num breve momento um homem
cruzou a estrada.
Ana gritou; minha nossa o que é isso? O
atropelamento foi inevitável, o corpo do homem desconhecido fora lançado
longe, ela parou o carro e ao descer dois homens numa moto se
aproximava e o garupa gritou – você matou meu amigo, você vai pagar por
isso, ela voltou rápido para dentro do carro olhou para trás e viu que
não podia voltar, os homens na moto estavam armados, ela via as armas
nas mão deles.
Ela arrancou com tudo para frente a atropelou novamente o cara que já estava caído ao chão.
Foi horrível, ela ouviu o barulho do corpo como se rasgava o
assoalho do carro. Mas avançou chorando e em desespero tentava ligar
para a amiga e para o seu irmão, mas não conseguia.
Ao seu lado Johnson botava pilha, vai, vai, vai.
Ela foi embora e em sua mente a cena horrível a atordoava.
Ao passar por um bar, ela parou, precisava respirar com calma e pensar o que fazer.
Ao se aproximar de um desconhecido dentro do bar ela olhou em
seu rosto, o homem sangrava e tinha marcas terríveis pelo corpo, ela
teve receios ao indagá-lo, mas assim o fez.
O senhor sabe
onde tem uma delegacia? O homem fitou a moça como quem não entendia a
pergunta, o sangue jorrava do seu corpo ferido.
Ele apenas gesticulou apontando a rua meneando o queixo e olhando em direção a porta de saída do bar.
Johnson estava na outra ponta do balcão e pedia mais bebidas ao barman, ele parecia apático a situação.
Ela se virou em direção ao amigo e o chamou – Johnson vamos, a
gente precisa pedir para alguém ir ate lá no local do atropelamento.
O homem pode estar vivo e precisando de ajuda.
Johnson – os amigos dele devem ter o levado de La, você os
viu, se eles nos virem, podem nos arrebentar, eu não volto não, vamos
gatinha, vamos embora, a noite ainda não acabou, vamos que eu estou
muito afim de você, é assim que vocês falam por aqui, não é? Ana voltou o
olhar para o homem ferido, mas ele não estava no local.
Ela se surpreendeu; cadê o homem que estava aqui? O barman responde –
que homem? Ana – o homem que estava aqui, o senhor não viu? Moça – vocês
dois são meus únicos fregueses em mais de duas horas, eu já ia fechar
quando vocês entraram, por favor, eu gostaria que vocês fosse embora,
teu amigo ai, precisa de um banho gelado, ele esta mais bêbado que um
gambá.
Ana se apavora, eu não estou maluca, eu vi, eu vi!
Mas as horas já estão avançadas e o casal sai caminhando lentamente, o
homem do bar os observa pela pequena janela, e só a fecha depois que
eles partem.
No caminho escuro, um vulto cruza a estrada e
em seguido uma brisa fria atormenta Ana, ela tem um reflexo e percebe
um homem de preto no centro do banco de trás do carro, por instinto ela
mira seus olhos espantados no retrovisor central do carro e não vê
ninguém, ela se descontrola, pisa no freio bruscamente e em seguida olha
para traz e vê o homem com suas vestes pretas e rasgadas, ele tem
sangue por todo o corpo.
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